sexta-feira, 20 de maio de 2011

A IGREJA QUE SE ESTRUTURA

Em Mt 16, 18-19 Jesus indica “a minha Igreja”. Se Jesus tivesse a intenção de fundar mais de uma Igreja, teria dito certamente: as minhas Igrejas.  Portanto, uma só é a Igreja de Jesus Cristo.
          São Paulo ensinou: “Há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo. (Ef 4,5), confirmando a unidade da Igreja de Jesus. 
          Paulo testemunha o amor de Cristo por esta Igreja: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25)
          Ainda São Paulo, movido pelo Espírito Santo, exorta sobre o pastoreio da Igreja que ele chama de Igreja de Deus que nasceu do sangue de Cristo (At 20,28).
          Guardar o depósito da fé” (CIC pág. 7) “é uma missão que o Senhor confiou à sua Igreja e que ela cumpre em todos os tempos”. 
          A Igreja Católica Apostólica Romana é reconhecida como única e verdadeira Igreja. “O patrimônio sagrado” (1Tm 6,20; 2Tm 1,12-14) da fé (“depositum fidei”) contido na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos Apóstolos à totalidade da Igreja. “apegando-se firmemente ao mesmo, o povo santo todo, unido a seus Pastores, persevera continuamente na doutrina dos Apóstolos e na comunhão, na fração do pão e nas orações, de sorte que na conservação, no exercício e na profissão da fé transmitida, se crie uma singular unidade de espírito entre os Bispos e os fiéis”. (CIC,  84)[1]
        Nela professamos nossa fé: “Creio na Santa Igreja Católica, como “santa, católica e uma” (CIC 748/750).
          Portanto, ser católico, é fazer parte integrante de uma universalidade de fé e da missão desejada por Cristo que é o envio da missão “à universalidade do gênero humano“ (CIC 831).
          Santo Inácio de Antioquia, falecido no ano 107, já afirmava, e o CIC reproduz no parágrafo 830, que “Onde está Cristo Jesus, está a Igreja Católica”.
          Outros escritores e santos também registraram: Tertuliano de Cartago (+220), São João Crisóstomo (350-407), Santo Irineu (140-202), Santo Agostinho (354-430), S. Clemente de Alexandria (+215), Santa Catarina de Sena, Santa Teresa de Ávila (1515-1591) e tantos outros, em todos os tempos, sempre confirmaram a real presença da Igreja Católica como única e verdadeira.
          O CIC, no parágrafo 831, interpretando o LG[2] 13, assim diz: “Ela é católica porque é enviada em missão por Cristo à universalidade do gênero Humano”.
         “Todos os homens são chamados a pertencer ao novo Povo de Deus. Por isso este Povo permanecendo uno e único, deve estender-se a todo o mundo e por todos os tempos, para que se cumpra o desígnio da vontade de Deus, que no início formou uma só natureza humana, e finalmente decretou congregar seus filhos que estavam dispersos... Este caráter de universalidade que marca o Povo de Deus é um dom do próprio Senhor, pelo qual a Igreja Católica, de maneira eficaz e perpétua, tende a recapitular toda a humanidade com todos os seus bens sob Cristo Cabeça, na unidade do seu Espírito”.
          Todos os homens são chamados a esta católica unidade do Povo de Deus, e também chamados à salvação pela graça de Deus (CIC 836), em cujo parágrafo, comparando-o com outros, leva-me ao convencimento de que o Papa quis dizer que “outros crentes em Cristo e todos os homens em geral” encontram-se, de certa maneira, envolvido nesta catolicidade.  Sente-se a Igreja ligada aos batizados chamados de cristãos, mas que não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão com o sucessor de Pedro, e que, mesmo batizados não mantêm uma perfeita comunhão com a Igreja Católica. (CIC 838).
          Isto porque, no parágrafo 837, diz: “São incorporados plenamente à sociedade da Igreja os que, tendo o Espírito de Cristo, aceitam a totalidade da sua organização e todos os meios de salvação nela instituídos e na sua estrutura visível — regida por Cristo através do Sumo Pontífice e dos Bispos — se unem com Ele pelos vínculos da profissão de fé, dos sacramentos, do regime e da comunhão eclesiásticos. Contudo, não se salva, embora esteja incorporado à Igreja ‘com o corpo’, mas não ‘com o coração’”. (Aqui se observa a necessidade de uma religiosidade muito mais responsável e de uma participação e entrega mais consciente e profunda).
       Além das narrações bíblicas existem inúmeros documentos históricos, testemunhos, escritores de todos os tempos que comprovam que a Igreja Católica Apostólica Romana é a primeira e única Igreja que teve por fundador o próprio Jesus Cristo.

[1] Catecismo da Igreja Católica
[2] Lúmen Gentium

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