sexta-feira, 20 de maio de 2011

MARIA

 Quanto preconceito contra Maria. Como ela é criticada e desprestigiada pelos protestantes. Por que será, então, que Deus a escolheu para ser a mãe de Jesus?
          Se a nossa mãe é para nós a melhor mulher do mundo; se não aceitamos que falem mal das nossas mães, das mães dos padres ou dos pastores, será que Maria, com todas as suas virtudes que a Bíblia ensina, sendo a mãe de Jesus não merece consideração maior?
 Veneração é também respeito. Até Deus, soberano e centralizador da plenitude do amor respeita, tanto que ao mandar o anjo Gabriel falar com Maria, o anjo assim dirigiu-se a ela com a seguinte saudação: “Ave, cheia de graça!” (Lc 1,28).
É óbvio que os Protestantes sabem que Maria é mãe de Jesus, mas insistem em lhe atribuír uma certa vulgaridade entre as mulheres do seu tempo justamente para que ela não se destaque.
 Concordamos que Maria era uma mulher comum, como as outras. Mas, e Jesus, também não era um homem comum como todos os outros, diferente apenas no pecado? Percebeu aqui a semelhança? Maria e Jesus eram pessoas simples, comuns, mas ambos sem pecado. Maria imaculada porque Deus a fez assim, e Jesus sem pecado porque é Deus.
 O que, então, os tornaram pessoas tão especiais?
 - Jesus é especial simplesmente porque é Deus;
- Maria é especial porque é a) Mãe de Jesus; b) Mãe de Deus porque ao gerar Jesus em seu ventre adquiriu o direito de ser reconhecida como mãe das virtudes e qualidades do filho. Jesus ao nascer, não nasceu apenas em carne e osso, mas também com a sua divindade; c) Mãe da Igreja e nossa Mãe, “porque, ao ser Mãe de Cristo, é também mãe dos fiéis e dos pastores da Igreja, que formam com Cristo um só Corpo Místico”,[1] e na pessoa de João somos também representados como filho de Maria; “Eis aí teu filho”, “Eis aí tua mãe” (Jo 19, 27-28).

Isso sem dúvida coloca Maria num grau mais elevado de consideração e que nós, Católicos, sabemos respeitar.
 Aliás, assim como reconhecemos Maria como Mãe de Jesus e Mãe de Deus, podemos chamá-la de mãe do crucificado, mãe do salvador, Mãe do ressuscitado,  e assim por diante.    
 Considere-se, ainda e então, dentre tantas qualidades de Maria, que:
 ·        Jesus é filho de Maria. Mt 1, 16.18-25; Lc. 2,1-20.
·        O primeiro milagre de Jesus foi por intercessão de Maria.  Jo 2,1-9.
·        Maria foi escolhida por Deus para o nascimento do próprio  Deus, Jesus feito homem. Lc 1, 26-38.
·        Maria glorifica o Senhor no magnificat. Lc 1, 46-56.
·        Maria sempre protegeu Jesus. Mt 2, 13-15; Lc 2, 41-46.
·        Jesus entrega Maria como mãe espiritual da Igreja e de todo o povo. Jo 19, 26.
·        Sempre presente. Jo 19, 25; At 1,14;2.1.  
·        A Oração da Ave Maria, tantas vezes rezada por você. Lc 1, 28.42.
·        Maria virgem, imaculada, a mais santa de todas as mulheres e da humanidade.
·        Maria é a mulher que mais conhece a Santíssima Trindade, pois é FILHA DO PAI, MÃE DO FILHO e ESPOSA DO ESPIRITO SANTO.
·        Maria não é adorada, mas amada, venerada e respeitada como mãe de Jesus.
·        Por uma palavra de Maria (sim) o Verbo se encarnou entre nós.
·        Maria foi sempre virgem e não teve outros filhos além de Jesus.
Se a Bíblia não cita muito Maria, é porque tudo na Sagrada Escritura centraliza-se em Jesus Cristo como a pessoa mais importante. Mesmo assim, a primeira parte da oração da Ave Maria está em Lc 1, 28.42, que reunindo e adequando gramaticalmente, ficou assim: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o fruto de vosso ventre, Jesus”.
Os Protestantes gostam muito de repetir versículos bíblicos. Por que quando repetimos Lc 1, 28.42 eles não acompanham? Por que não proclamam Maria como bem-aventurada em obediência a Lc 1, 48 onde Nossa Senhora diz: “Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações”? Por puro preconceito contra Maria. Preconceito contra a Mãe de Jesus.
Prova inequívoca de que os “crentes” ou “evangélicos” deturpam sua origem que é o Protestantismo, são os testemunhos abaixo. Veja o que os reformadores Protestantes disseram sobre Maria[2]:
Zuínglio, o reformador em Zurich, conservou três festas Marianas e a recitação da Ave Maria durante o culto sagrado”.
“É interessante notar que Lutero, Calvino e Zuínglio, autores da Reforma protestante no século XVI, deixaram belas expressões de estima e louvor a Maria Santíssima”.
“Martinho Lutero em seu comentário sobre o Magnificat (Lucas 1,46-55) escreve: "Ó bem-aventurada Mãe, Virgem digníssima, recorda-te de nós e obtém que também em nós o Senhor faça essas grandes coisas".
“Ao referir-se a (Mateus 1,25) observa: "Destas palavras não se pode concluir que, após o parto, Maria tenha tido consórcio conjugal. Não se deve crer nem dizer isto" (Obras de Lutero, edição Weimar, tomo 11 pg 323)”.
“Disse ainda: "Os irmãos de Jesus, mencionados no , “são parentes do Senhor" (Edição Weimar, tomo 46 pg 723, Tischreden 5, nº 5839). O Reformador prometia cem moedas de ouro a quem lhe provasse que a palavra almah em (Isaías 7,14) não significa virgem (Edição Weimar, tomo 53, pg 640)”.
“No fim de sua vida, aos 17/01/1546, Lutero exclamou num sermão muito agitado: "Não se deve adorar somente a Cristo? Mas não se deve honrar também a Santa Mãe de Deus? Esta é a mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ouve-nos, pois o Filho te honra; Ele nada te nega". Vê-se que até os últimos dias Lutero guardou devoção à Maria”.
“Sobre a virgindade de Maria, os Artigos da "Doutrina Cristã" elaborados por Lutero em 1537 professam: "O Filho de Deus faz-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, Santa e sempre virgem".
“Calvino publicou em 1542 o "Catecismo da Igreja de Genebra", onde se lê: "O Filho de Deus foi formado no seio da Virgem Maria...Isto aconteceu por ação milagrosa do Espírito Santo sem consórcio de varão".
“Zwinglio por sua vez, escreveu:"Firmemente creio, segundo as palavras do , que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que no parto e após o parto permaneceu para sempre virgem pura e íntegra" (Corpus Reformatorum: Zwingli Opera 1 424)”.
“Declarou ainda: "Estimo grandemente a Mãe de Deus, a virgem Maria perpetuamente casta e imaculada" (ZO 2,189).
“Os "irmãos do Senhor" eram, para Zwínglio, "os amigos do Senhor" (ZO 1,401)”.
“Outras palavras dos Reformadores Amman, discípulo e contemporâneo de Zwínglio, declarou: "Maria foi preservada de toda mancha e culpa do pecado original, do pecado mortal e do pecado atual".
“Heinrich Bullinger, sucessor de Zwínglio, testemunhou: "Cremos que o corpo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus e templo do Espírito Santo...foi levado pelos anjos ao céu".
“Lutero escreveu: "Não há honra, nem beatitude, que sequer se aproxime por sua elevação da incomparável prerrogativa superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um filho em comum com o Pai Celeste". (Deustsche Schriften, 14,250)”.
“Calvino escreveu: "Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para ser mãe de Deus".(Comm.Sur I`harm.Evang.20)”.
Zuínglio: "Quanto mais crescem a honra e o amor de Cristo entre os homens, tanto mais crescem também a estima e a honra de Maria, que gerou para nós um tão grande e propício Senhor e Redentor" (ZO 1,427s).
Temos, ainda, no Brasil, a Irmandade Evangélica de Maria no Brasil, de profissão Luterana, que, conforme o nome indica, dedica-se e divulga a devoção a Maria.

2 comentários:

  1. Perfeito! Maria, digníssima de toda estima por propiciar que todos possamos também dizer "sim" às obras de Deus em nossas vidas... Lindo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado Debora pela sua participação. Deus abençoe você e fique sob a proteção de Maria.

      Excluir